04 May
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Na madrugada deste sábado, 4 de maio de 2025, a capital da Ucrânia, Kiev, voltou a ser cenário de um ataque devastador promovido pelas forças russas. De acordo com informações preliminares divulgadas pelas autoridades ucranianas, o ataque envolveu uma combinação de drones kamikaze Shahed e mísseis de cruzeiro, lançados contra áreas civis e infraestruturas críticas da cidade. O resultado foi a destruição parcial de vários edifícios residenciais, cortes de energia e múltiplos feridos — alguns em estado grave.

A ofensiva, que teve início por volta das 3h da manhã (horário local), foi uma das mais intensas nas últimas semanas, indicando uma escalada significativa no conflito. Sirenes de ataque aéreo soaram por toda a cidade, enquanto as defesas antiaéreas ucranianas tentavam interceptar os projéteis. No entanto, relatos de moradores indicam que ao menos quatro explosões ocorreram diretamente em zonas habitadas, causando pânico e forçando centenas de pessoas a buscar abrigo nos sistemas subterrâneos de metrô.


Cenário Tenso Após Ameaças de Moscovo

Este ataque ocorre poucos dias após declarações incendiárias de Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual vice-chefe do Conselho de Segurança russo, que ameaçou explicitamente retaliar com força total caso a Ucrânia atacasse solo russo durante as celebrações do aniversário da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, programadas para 9 de maio. “Se formos atacados durante o desfile, ninguém poderá garantir a sobrevivência de Kiev”, afirmou Medvedev em um comunicado reproduzido pela imprensa estatal russa.

Especialistas internacionais consideram que este tipo de retórica tem alimentado uma espiral de violência e aumentam os temores de um conflito mais amplo e imprevisível.

Vítimas e Resposta Humanitária

Embora o número exato de vítimas ainda esteja sendo contabilizado, fontes locais indicam pelo menos 12 feridos e três mortos confirmados até o momento. As equipes de resgate continuam vasculhando os escombros de prédios parcialmente destruídos nos bairros de Podil e Obolon, onde o impacto foi mais severo.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou que há danos consideráveis à infraestrutura urbana, incluindo hospitais e escolas, e pediu reforço internacional na ajuda humanitária. “Mais uma vez, nossa cidade sofre pelas mãos de um inimigo brutal. Mas nossa resistência continua inquebrantável”, declarou Klitschko em uma coletiva improvisada.

Reações Internacionais

A comunidade internacional respondeu com prontidão. A União Europeia convocou uma reunião de emergência para discutir novas sanções contra Moscovo, enquanto os Estados Unidos prometeram acelerar a entrega de sistemas antiaéreos e munições. A ONU, por sua vez, condenou o ataque e reiterou o apelo por um cessar-fogo imediato e respeito às normas do direito humanitário internacional.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos também anunciou o envio de uma equipe de verificação a Kiev para investigar possíveis crimes de guerra, diante do uso continuado de armamentos contra alvos civis.

Implicações Estratégicas e Próximos Passos

Analistas militares alertam que a intensificação dos bombardeios pode ser uma tentativa da Rússia de minar a moral ucraniana antes das festividades de maio, ao mesmo tempo em que demonstra sua disposição de escalar o conflito. Com o fornecimento contínuo de armas ocidentais à Ucrânia, cresce também o risco de que o conflito ultrapasse fronteiras geopolíticas e envolva outras potências, direta ou indiretamente.

A Ucrânia, por sua vez, afirmou que não será intimidada e prometeu uma resposta “proporcional e estratégica” aos ataques. O presidente Volodymyr Zelensky, que se encontra em Lviv, publicou uma mensagem em vídeo condenando o ataque e pedindo solidariedade internacional: “Não é apenas Kiev que está sob ataque, é a liberdade de toda a Europa”.

Assista também:
Ataque em Kiev deixa mortos e mais de 70 feridos, dizem autoridades – YouTube

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