A Rússia reiterou sua posição intransigente sobre as regiões da Ucrânia que ocupa militarmente desde 2022, afirmando que só aceitará participar de negociações de paz se a comunidade internacional reconhecer oficialmente a anexação desses territórios. A declaração foi feita pelo ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, durante uma coletiva de imprensa em Moscou.
Segundo Lavrov, "não há espaço para concessões territoriais", e qualquer tentativa de negociar sem o reconhecimento da soberania russa sobre as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia será considerada “inadmissível”. A posição contrasta com o direito internacional, que considera as anexações ilegais e já levou à imposição de sanções por parte da União Europeia e dos Estados Unidos.
Especialistas afirmam que a exigência da Rússia pode inviabilizar futuras rodadas de negociações. Em entrevista fictícia ao nosso portal, a professora de Relações Internacionais da Universidade de Genebra, Anna Rothenberg, disse:
“É improvável que a comunidade internacional aceite esse tipo de exigência. A Rússia está tentando institucionalizar os ganhos militares obtidos por meio da força, o que fere os princípios da Carta das Nações Unidas.”
Enquanto isso, a Ucrânia continua a receber apoio militar e financeiro do Ocidente, embora o conflito se encontre em uma fase de estagnação militar, com poucos avanços em campo de ambos os lados.