26 Mar
26Mar

Em uma iniciativa diplomática significativa, Ucrânia e Rússia chegaram a um acordo de cessar-fogo no Mar Negro, com a intermediação dos Estados Unidos, visando garantir a segurança da navegação e interromper hostilidades na região. Este pacto representa um avanço nas negociações para a resolução do conflito que perdura há três anos.

Detalhes do Acordo

O acordo estabelece a suspensão de ataques a infraestruturas energéticas e a cessação de hostilidades no Mar Negro. Além disso, prevê a proibição do uso de embarcações comerciais para fins militares e a implementação de inspeções designadas para assegurar o cumprimento dos termos. As negociações ocorreram ao longo de três dias na Arábia Saudita, com a participação de representantes dos EUA, Ucrânia e Rússia.

Condições e Demandas

A Rússia condicionou sua adesão plena ao acordo ao levantamento de sanções ocidentais impostas a empresas-chave do setor agrícola e ao restabelecimento do acesso do Rosselkhozbank ao sistema internacional Swift. O Kremlin enfatizou a necessidade de garantias claras, sugerindo que apenas uma ordem direta de Washington ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, asseguraria o cumprimento dos termos por parte de Kiev.

Posição da Ucrânia

O presidente Zelensky reconheceu o acordo como um passo positivo, mas expressou reservas quanto à possibilidade de aliviar a pressão econômica sobre Moscou. Ele alertou que, em caso de violações russas, solicitará diretamente ao presidente dos EUA, Donald Trump, a imposição de novas sanções e o fornecimento de armamento adicional.

Implicações e Próximos Passos

Embora o acordo represente um avanço diplomático, sua implementação depende da resolução de questões pendentes, como o levantamento de sanções e a restauração das exportações agrícolas russas. Observadores internacionais destacam que a efetividade do cessar-fogo dependerá do compromisso das partes em cumprir os termos estabelecidos e da capacidade dos mediadores em monitorar e garantir a adesão ao pacto.

Este desenvolvimento sinaliza uma potencial abertura para negociações mais amplas visando a resolução do conflito, embora desafios significativos permaneçam no horizonte diplomático.

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